O grupo mato-grossense Raça Agro saiu de um cenário preocupante em 2024, para uma projeção de faturamento de mais de R$ 450 milhões em 2025. Após um início de ano desafiador, a empresa do ramo de produção e distribuição de insumos pecuários encerra 2024 como um case de sucesso nacional em reestruturação tanto de passivos quanto da gestão.
A mudança completa no panorama, saindo do enfrentamento de uma crise no agronegócio para a posição de destaque positivo no setor, aconteceu com a adoção de estratégias preventivas. Após a deterioração do preço do boi gordo impactar na compra dos pecuaristas, o grupo agiu antecipadamente e, por meio de acordos bilaterais, alongou o prazo de pagamento de dívidas.
Para manter a confiança do mercado, ao mesmo tempo, investiu em consultoria especializada e promoveu uma robusta reestruturação da gestão executiva e uma ampla renovação da equipe. O sucesso da empresa ganha ainda mais evidência quando comparado com dados nacionais que apontam para uma alta na busca por recuperações judiciais em 2024.
Segundo levantamento mais recente da RGF Consultoria, o Brasil encerrou o terceiro trimestre de 2024 com 264 empresas do agronegócio em recuperação judicial, um aumento de 20,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Ainda segundo o estudo, com 43 empresas, Mato Grosso ficou atrás apenas dos estados de São Paulo e Goiás no número de pedidos.
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“Nosso plano sempre foi o de mostrar para o mercado que o grupo continua forte, produzindo e com perspectiva de crescimento. E isso já vem sendo visualizado na prática. Em novembro, por exemplo, o faturamento foi de mais de R$ 40 milhões, com uma margem de lucro operacional já em níveis normais, entre 8% e 10%”, explica o CEO do Raça Agro, João Antônio Fagundes.
Atualmente com 20 lojas em operação, o grupo reafirma seu compromisso com a sustentabilidade financeira. No campo da inovação, o serviço de drones vem se destacando como um dos principais vetores de crescimento da empresa. A expectativa é comercializar mais de 70 drones em 2025, gerando um faturamento estimado de R$ 20 milhões.
Paralelamente, o setor de sementes também segue aquecido, impulsionado por um aumento na demanda internacional. A Raça Agro prevê exportações robustas, com um faturamento de cerca de US$ 10 milhões no próximo ano.
“Com uma gestão focada na eficiência e diversificação de serviços, a Raça Agro desponta como um exemplo de resiliência e inovação no setor agropecuário brasileiro. Somos case de sucesso, pois continuamos com as atividades regulares, sem fechar nenhuma loja ou desfazer de ativos”, enfatiza João Fagundes.