22 de Outubro de 2024

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ESPORTE Sexta-feira, 23 de Agosto de 2024, 16:25 - A | A

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"RENDIMENTO EM CAMPO" a"

Dorival explica convocações de Estêvão e Luiz Henrique: "Mescla é necessári

GE

Estêvão, atacante de apenas 17 anos, do Palmeiras, e Luiz Henrique, do Botafogo, são as caras novas na convocação do técnico Dorival Júnior para os próximos jogos da seleção brasileira, contra Equador e Paraguai, em setembro.

A dupla foi elogiada pelo técnico Dorival Júnior, que pregou paciência com os novatos, sobretudo Estêvão, que ainda não atingiu a maioridade.

– Rendimento em campo (foi o motivo da convocação), aquilo que eles vêm apresentando. Têm nos mostrado coisas muito boas. Acredito que sejam merecidas as convocações – disse o técnico.

– De modo geral, sempre na minha carreira eu apostei muito em jovens. Acredito e confio muito que uma mescla é necessária. Um primeiro momento ele teria que ter. Com 16, 20, enfim... é um jogador que vem despontando e mostrando coisas muito boas. Cabe a nós acreditarmos. Peço que tenhamos um pouco de paciência com esses garotos. Como foi com o Endrick. Não podemos fazer qualquer avaliação de um menino que vem evoluindo muito nos últimos meses. Temos que ter cuidado. Ele poderá nos dar um retorno muito grande – declarou Dorival.

Veja a lista de convocados da Seleção:

  • Goleiros: Alisson (Liverpool), Bento (Al-Nassr) e Ederson (Manchester City)

  • Defensores: Danilo (Juventus), Yan Couto (Borussia Dortmund), Guilherme Arana (Atlético-MG), Wendell (Porto), Beraldo (PSG), Éder Militão (Real Madrid), Gabriel Magalhães (Arsenal), Marquinhos (PSG)

  • Meio-campistas: André (Fluminense), Bruno Guimarães (Newcastle), Gerson (Flamengo), João Gomes (Wolverhampton), Lucas Paquetá (West Ham) e Rodrygo (Real Madrid)

  • Atacantes: Endrick (Real Madrid), Estêvão (Palmeiras), Luiz Henrique (Botafogo), Pedro (Flamengo), Savinho (Manchester City) e Vinicius Junior (Real Madrid)

Dorival manteve 17 jogadores que disputaram a Copa América, em junho e julho. O treinador admitiu a necessidade de melhora, após a queda nas quartas de final do torneio continental, mas sem abrir mão da base montada nas outras duas convocações que fez neste ano.

– Não é o momento positivo dentro da competição, porém acredito em todo o trabalho desenvolvido dentro da Copa América, o período de treinamentos foi importante. Eu até senti um pouco mais em razão de tudo o que nós vimos nesse período de trabalhos e, traçando um paralelo com nosso rendimento, talvez não tenhamos traduzido em campo o que fizemos em treinamentos, o que nos impressionou muito, a evolução que a equipe vinha apresentando.

– É natural que tenha ficado um gostinho um pouco amargo em relação ao que talvez pudéssemos realizar na competição. Nem tudo foi descartado. Acredito em processos, que, se respeitados, encontram caminhos. Demos demonstrações em jogos de alto nível, contra adversários que jogaram a final da última Eurocopa. Fica um pouco também dessa imagem. Vamos voltar a fazer o máximo para que rapidamente encontremos o novo caminho e esses seis jogos que finalizam o ano sejam encarados como decisões fundamentais para nossa sequência.

A convocação tem seis jogadores que atuam no futebol brasileiro, de Atlético-MG, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras. Como os campeonatos param durante a data Fifa, eles não desfalcarão suas respectivas equipes.

– Eu vivi, ao longo de 20 anos, em clubes. É natural que todos nós estaremos defendendo o melhor para nossos clubes. Entendo um pouco mais o que é a distribuição de um calendário. Os clubes chegando em momentos decisivos, acúmulo de jogos, as pessoas não entendendo porque se coloca time misto, reserva. Se quisermos mudanças, acredito que tenhamos que ter um encontro de todos. Precisamos aparar arestas para melhorar a qualidade do nosso futebol. Competição são definidas pelos clubes. A distribuição dos jogos é feita pela CBF. Precisamos encontrar um caminho. Temos que parar, em algum momento, se quisermos um tipo de alteração – comentou Dorival.

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O Brasil enfrenta o Equador, dia 6 de setembro, no Couto Pereira, em Curitiba, e o Paraguai, dia 10, no Defensores del Chaco, em Assunção. Com sete pontos, a Seleção ocupa a sexta colocação nas eliminatórias, no limite da classificação para a Copa de 2026.

A Seleção vem de três derrotas na competição e busca se reabilitar. Em 2023, ainda com Fernando Diniz, o Brasil perdeu para Uruguai, Colômbia e Argentina. Dorival Júnior terá os seus primeiros jogos pelo torneio classificatório para a Copa do Mundo.

 

Confira outros trechos da entrevista de Dorival:

 

Renovação

– Para se ter uma ideia, temos dez jogadores que estiveram na última Copa do Mundo. Nas convocações anteriores tivemos um número até maior. Temos jogadores que já estão na Seleção há muito tempo. Alisson, Ederson, Danilo, Marquinhos. Outros talvez pudessem estar aqui também. Não descarto nenhuma convocação, independente de idade e clube. Acredito que todas as observações que estão sendo feitas são para nos dar a maior segurança possível. Aconteceu um crescimento deste grupo. Um amadurecimento um pouco mais rápido, em razão do período que tivemos na Copa América. O que nós esperamos é uma resposta rápida. Tivemos um exemplo da medalha olímpica da seleção feminina, que tiveram momento conturbado dentro da competição. E é natural. Temos que saber administrar. Nos momentos mais difíceis a resposta dessa equipe acabou acontecendo. É um exemplo para todos nós.

 

Neymar

– É um jogador importantíssimo, fundamental, decisivo e diferente. Sabemos disso. Temos que respeitar o protocolo do que ele vem apresentando até o momento. Ainda não retornou por completo. Está fazendo um trabalho que será fundamental para ele na sequência. Mas não tenho dúvidas de que, assim que recuperado, voltará a ser relacionado. Dispensa comentários. Todos sabem a importância que ele tem. Mas tudo tem que acontecer no momento certo e adequado.

 

Lesão de Pedro

(Rodrigo Caetano, coordenador da Seleção) – O Dr. Rodrigo Lasmar esteve ontem na sede da CBF conosco. Eles fazem este contato não só com os atletas, mas com os clubes. Foi feita a consulta ao departamento médico do Flamengo. Existe um otimismo de que ele volte em breve. Foi relacionado. Mas sabemos que, se no final ele não estiver nas melhores condições, obviamente que o substituiremos. Mas está confirmado na lista, sob a expectativa de uma melhora.

– As características do Pedro serão importantes para o momento que estamos vivendo. Sempre tive muita confiança. Acredito que tenham acompanhado na minha última passagem pelo Flamengo. Sempre quis tê-lo em campo pela capacidade que possui.

 

O que esperar da Seleção

– Equilíbrio entre marcação e criação. O que faltou para completarmos os processos ao longo das partidas. O importante é que tivemos uma amostra que nos fez acreditar muito ao longo dos treinamentos. Espero que possamos levar isso a campo. E uma presença mais frequente no campo do adversário.

 

Mudanças em relação à Copa América

– De modo geral, as alterações, basicamente pelo momento. Eu volto a dizer que todos foram avaliados, e essas avaliações continuam sempre. A todo instante. Desde a primeira pergunta, sobre a equipe mais madura. O que precisamos é do rendimento, estarmos melhores nas partidas seguintes. Para começarmos a ter um esboço do que temos apresentado. Para um processo de reformulação, precisa ter uma manutenção. A estrutura está mantida. Mas é natural que um ou outro elemento seja importante para complementar. É tudo que nós queremos.

 

Risco de ficar fora da Copa

– A possibilidade é real para todas as equipes que estão disputando. Agora, tenho confiança muito grande que tudo isso se reverta lá na frente. Se Deus quiser, ao fim do ano isso estará diferente. Trabalho para isso.

 

Lições da Copa América

– Eu acredito que, de modo geral, a noção de como é uma competição como essa. Foi fundamental para muitos de nós. A complexidade que representou, as distâncias percorridas. Pegamos muitos jogadores em fim de temporada e não tivemos nenhuma lesão. Todos nós aprendemos de alguma forma a conviver com alternância que não acontecem em clubes. Porém, precisamos de muito mais. É natural, temos consciência disso. Processo é tudo que não respeitamos no nosso país em qualquer área de atuação, não só no esporte. E é fundamental para o resultado.

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