Um parque de diversões. É dessa forma que o atacante Estêvão, de apenas 17 anos, encara o campo de futebol.
Novato na seleção brasileira, o jogador do Palmeiras foi o primeiro jogador convocado para as rodadas de setembro das Eliminatórias a conceder entrevista coletiva e falou sobre o momento vivido:
– Eu trabalho muito o psicológico com minha família, meus pais, a gente conversa, futebol para mim é como um parque de diversões, onde me sinto feliz, leve, é isso o que estou sentindo nesse momento. Estou feliz vestindo a camisa da Seleção, jogando com alegria, fico feliz de estar construindo uma carreira grande, espero que seja só o começo.
Na Seleção, Estêvão está tendo a oportunidade de conviver com alguns de seus ídolos e admitiu ansiedade pelo momento.
– Me encontrei com eles na hora do almoço e o cara que me deu mais nervosismo foi o Vini. Por tudo o que ele representa, pelo que faz no Real Madrid. Para mim, é o melhor do mundo hoje. Não só com ele, mas com todos. São caras que vejo jogando Champions, dá um friozinho na barriga, mas espero aprender bastante.
Artilheiro do Palmeiras no Brasileirão com oito gols, Estêvão é também o jogador com mais dribles certos (31), mais finalizações (47) e mais assistências pela equipe no campeonato.
Apesar do bom momento, o jovem lembrou adversidades enfrentadas neste início de carreira.
– No começo do ano, quando eu subi, foi um pouco difícil. Profissional e base são totalmente diferente, e graças ao Abel, a comissão e jogadores, além dos meus familiares, que me ajudaram bastante. No começo do ano foi difícil, mas pude me desenvolver junto com eles, com conselhos diariamente, que me ajudaram a crescer no futebol e chegar onde estou. A principal dificuldade, é que eu nunca fui o mais forte, mais rápido, mais musculoso, e Deus me ajudou. Acabo jogando com jogadores mais velhos, mais fortes, com mais experiência e que cortam caminho. Acho que pude ir desenvolvendo, jogo com mais inteligência, e tenho acrescentado bastante.
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O Brasil enfrenta o Equador na sexta-feira, às 22h, no Couto Pereira, em Curitiba. Depois, na terça, vai a Assunção encarar o Paraguai.
Confira abaixo outros trechos da entrevista coletiva de Estêvão:
Inspiração em Neymar
– Para ser bem sincero, cada dia que passa eu sou mais fã dele. Jogar no Brasil não é fácil, é muita pressão, críticas e torcida. Admiro a forma que ele lida com isso, o que é muito importante. Fico feliz por tê-lo como inspiração. É um cara que cresci vendo jogar na Seleção e espero um dia jogar com ele também.
Características
– A minha individualidade é muito forte, e acabo contribuindo com gols e assistências. Meu 1 x 1 é muito forte e posso contribuir na criação de jogadas. Isso eu estou desenvolvendo muito e espero desenvolver cada dia mais.
Conversa com Dorival
– Ele me cumprimentou e falou para que eu seja leve. Claro que a gente sempre cria uma expectativa e vou mostrar isso durante os treinos. Estou á disposição dele, e se ele optar por mim vou dar o máximo e tudo vai dar certo.
