22 de Outubro de 2024

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GERAL Segunda-feira, 26 de Agosto de 2024, 14:43 - A | A

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INFLUÊNCIA ANDRADE

Ginástica artística e olimpíadas: As consequências de Rebeca Andrade no esporte de Cuiabá

Yasmin Yegros da Redação

As Olimpíadas de Paris em 2024 teve seu encerramento no último dia 11 deste mês, porém, para o Brasil os jogos foram apenas o começo de uma nova jornada para o esporte, especialmente no caso da ginástica artística, impactada por Rebeca Andrade. Em entrevista ao CBN Rio, o Instituto Hypólito, do medalhista olímpico Diego Hypolito, conta que teve uma procura de mais de dois mil pais dispostos a inscrever seus filhos na modalidade olímpica, após a repercussão e em Cuiabá não foi diferente, projetos como Ginástica artística e crosstraining na UFMT e Centro de treinamentos esgotaram suas vagas neste período.

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O país do futebol colheu os frutos e destaques em outras modalidades na competição olímpica deste ano, a ginasta Rebeca, 25 anos, se tornou a atleta brasileira com mais medalhas ao conquistar duas nos quatro aparelhos individuais, sendo ouro no solo e prata no salto. Além disso, alcançou prata no individual geral e a primeira vitória por equipes com um bronze, juntamente a Jade Barbosa, Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira e Júlia Soares.

Reprodução

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Após Tokyo 2020, o esporte artístico vem ganhando cada vez mais adeptos na capital mato-grossense, porém, com todos os olhos voltados a competição interna das gigantes, Simone Biles, ginasta americana e a brasileira, Andrade, somado ao fracasso do futebol masculino, deixou a categoria em evidência novamente, o que movimentou alunos de todas as idades, em busca do ensinamento deste esporte que motivou não apenas premiações, mas, orgulho para a nação.

Para o CTGA, Centro de Treinamento de Ginástica Artística, fundado em 2017 por Dyana Silva, professora de educação física e ex-ginasta treinada pela técnica de Daiane dos Santos, a ginástica artística no Mato Grosso está crescendo, motivo pelo qual comenta sobre a criação da Federação Mato-grossense de Ginástica fundada em 2021 com sede em Sinop (a 478,2 km de Cuiabá). A última competição da professora foi o torneio nacional na cidade de Curitiba, em 2012, ao qual tornou-se campeã, representando Mato Grosso. Dessa forma, fundou o CTGA com o intuito de fomentar a ginástica no estado, com uma academia particular, vinculada a FMTG (Federação Mato-grossense de Ginástica) e credenciada ao Conselho Regional de Educação Física. Hoje, atendem todos os níveis, desde iniciantes à turma de alto rendimento com professores específicos para cada um deles, por isso não possuem nenhum processo para ingressar.

Em relação ao crescimento no mês olímpico e causas da demanda, Dyana afirma que ao atender crianças dos 5 aos 14 anos, elas já possuem predileção pela ginástica, ou referências: "Os pais geralmente nos procuram com o interesse da própria criança, por ela ter assistido filmes, YouTube ou pela divulgação da Rebeca Andrade principalmente. E também crianças que fazem ballet, mas que não se identificam, pois são crianças mais agitadas. Estávamos tendo uma ótima procura antes das olimpíadas, mas durante tivemos um aumento".

Outra abordagem é feita por Karine Naves de Oliveira Goulart, 32 anos, docente universitária da faculdade de educação física da Universidade Federal de Mato Grosso é responsável pelo projeto de extensão Ginástica artística e crosstraining na UFMT, que teve início em agosto de 2023, com o objetivo de proporcionar melhorias nas capacidades físicas, coordenativas, melhorias na saúde e qualidade de vida dos participantes do projeto, não tendo fins competitivos, porém, utiliza a ginástica artística como um meio para a melhoria do bem estar dos ingressos. Inicialmente criado para atender apenas adultos, no ano de 2024 abriu uma nova turma para crianças com a faixa etária de 8 a 14 anos, com o objetivo de ensinar as habilidades gímnicas, treinamento técnico em cada um dos aparelhos da ginástica, trave de equilíbrio, paralelas simétricas e assimétricas, salto sobre a mesa e solo, além de habilidades acrobáticas, compreende todas as idades.

"A idade predominante dos alunos da turma de adultos é na faixa dos 20 a 30 anos, porém temos alunos com 15 anos, assim como temos um aluno de 55 anos que faz aula conosco nessa turma de adultos, então é uma turma bastante heterogênea, tanto em idade como em termos de nível de habilidade e experiência com a ginástica, temos alunos iniciantes, alunos intermediários e alunos avançados, muitos alunos que já participam de outras modalidades com algumas características semelhantes à ginástica artística, como por exemplo o cheerleaders, e a partir dessa bagagem que eles têm com outras modalidades, eles já conseguem realizar movimentos mais avançados dentro das aulas do nosso projeto".

Reprodução

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Não existe nenhum processo para entrar no projeto, apenas a faixa etária, para isso, os interessados precisam apenas querer participar e de vagas disponíveis, que atualmente não é o caso, por conta da repercussão. "Percebemos esse aumento na procura de aulas de ginástica artística, inclusive até o primeiro semestre desse ano tínhamos apenas a turma de adultos, com uma quantidade boa de alunos, mas ainda assim, sobravam vagas, com as Olimpíadas e o retorno das aulas no segundo semestre de 2024 todas esgotaram, tanto da turma de adultos como da turma infantil, que iniciou agora em agosto. Acredito que agora muitas pessoas passaram a conhecer, admirar a modalidade e sentir vontade de praticar, de experimentar, tentar realizar um pouco dessas acrobacias, desses movimentos da ginástica que são tão bonitos e desafiadores", destaca Karine.

As inscrições acontecem pelo site da Uniselva, instituição que organiza a parte financeira do projeto, basta se inscrever pelo valor de R$50 da taxa e o aluno assina um contrato referente ao semestre, pagando 5 boletos no valor da mensalidade de R$100 para adultos e R$150 para turma infantil. 

Para a professora vinda de Minas Gerais, onde a ginástica está mais consolidada, com vários clubes e instituições que promovem o ensino da ginástica artística, a realidade é bem diferente se comparada ao Mato Grosso. "A minha percepção é que a ginástica começa a crescer e a se popularizar nesses últimos anos, principalmente agora com as Olimpíadas, que está ajudando bastante nesse processo de popularização, de divulgação desse esporte. Então espero que continue crescendo, assim como possam surgir novos profissionais interessados em trabalhar com a ginástica, em se especializar para que a gente tenha condições de ofertar cada vez mais turmas”. conclui Goulart.

Sobre o esporte: A ginástica artística é uma modalidade em que os atletas realizam um conjunto de exercícios em aparelhos oficiais, no masculino são a barra fixa, barras paralelas, cavalo com alças, salto sobre o cavalo, argolas e solo. Já as mulheres disputam exercícios de solo, salto sobre cavalo, barras assimétricas e trave de equilíbrio. Enquanto os aparelhos masculinos procuram demonstrar a força e domínio do ginasta, os aparelhos femininos dão destaque maior à vertente artística e à agilidade. Ambos fundamentam-se na evolução técnica de diferentes exercícios físicos. 

Serviço:

Tel.: (65) 992472124 - CTGA

Site: web.fundacaouniselva.org.br – Ginástica artística e crosstraing

Redes sociais para saber mais: @ctgaginasticaartistica_mt @ginastica.ufmt

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