Marimax Comazze, 41 anos, possui um sobrenome popular entre os cuiabanos, graças ao restaurante da família com 40 anos de atuação na capital, foi criada no bairro Baú e está em sua primeira disputa ao cargo de vereadora pelo partido União Brasil, com a principal razão de sentir falta da representação de mulheres em cargos públicos de poder. Apesar da candidatura primária, esteve presente nos últimos anos nos bastidores da política mato-grossenses ao exercer o posto de assessoria. Atualmente, milita junto à primeira-dama, Virginia Mendes, no União Brasil Mulher, a favor das causas femininas.
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Trabalhou com conhecidos nomes políticos como Fábio Garcia, na época, secretário de governo Mauro Mendes, na gestão de Pedro Taques, na secretaria da Casa Civil, ao qual fazia articulações no estado, também na secretaria de educação com o secretário Marco Marrafon, onde participava do projeto “Redação nota 10” em conjunto ao professor Sérgio Sintra, em prol de ensinar os alunos que iriam fazer o Enem a realizarem uma redação com excelência. Além disso, desempenhou papel importante no Desenvolva MT, especificamente na linha de microcrédito, por isso tem como uma de suas bandeiras a defesa pelo microcrédito às mulheres empreendedoras, exemplo da própria mãe, que geria o restaurante com os quatro filhos ainda pequenos. Por fim, esteve presente na campanha vencedora de Fábio, motivo pelo qual Virginia a convidou para assessorar na área social, com o programa “Ser Família", onde encontrou motivos de luta.
“Sempre fiz política rodeada de homens, muitas vezes via a minha qualificação, leitura política, muito mais preparada do que vários deles que já estive em conversa e às vezes passava por algum constrangimento, porque me olhavam torto, por ser uma pessoa que vou para o embate pelo o que defendo e acredito”, conta Marimax.
Ao comentar sobre o desempenho de atividades que exerceu nas gestões, destaca que sempre se sentiu representada pelo grupo político que atuava no estado, mas apenas neste ano, quando desenvolveu projetos juntamente a primeira-dama, Virginia Mendes, na área de assistência social, sendo nomeada secretária-geral municipal do partido União Brasil, lhe deu a coragem que faltou nas últimas eleições, pois se sentia preparada dessa vez para a oportunidade de sair da coxia e enfrentar o desafio, "falei é o meu momento, preciso só ter a coragem de sair, de passar dos bastidores para a frente, que não é fácil, um desafio gigante, falo que claro que tem que ter dom para ser político, mas todo mundo deveria experimentar isso, porque é desafiador" afirma.
Em relação à filiação, se identifica com a ideologia de bandeiras bem defendidas do partido de centro, no sentido de acreditar na boa política, do empoderamento de mulheres e acima de tudo, aquele que representa o grupo político da candidata.
Ressalta a confusão comum entre as funções de um vereador e um executivo, explica que, como vereadora, principal encargo é fiscalizar e representar a população, não se limitando a uma única pauta, porém, destaca a importância de compreender bem quem se está figurando e a localização dessas pessoas para uma atuação efetiva, mas comenta as diferenças de condições na campanha se comparada à concorrência masculina, "tenho que estar apresentável, arrumada, porque as pessoas cobram isso das mulheres, precisamos ter condições de dar conta de duas ou três rotinas, isso demanda muito do nosso psicológico".
Embora tenha um forte compromisso com a causa das mulheres, afirma que, se eleita, defenderá os direitos de todos, como a necessidade de melhorias significativas na saúde e na educação, e o suporte necessário para mães trabalhadoras. Aponta que é preciso garantir que as creches não apenas ofereçam vagas, mas atendam às reais necessidades da maternidade, sendo importante um olhar diferenciado para as particularidades femininas e como a desigualdade pode afetar suas vidas, especialmente em relação à saúde mental e a qualidade de trabalho.
Deseja atribuir funcionalidade a secretaria da mulher, para além do papel e fachada, "as mulheres precisam chegar ao posto de saúde, ter pelo menos o exame básico para realizar, cuidar da saúde mental, porque isso é caro, as pessoas às vezes com uma classe melhor não conseguem e as mulheres da periferia, com uma renda menor, precisam disso, não é luxo, é qualidade de vida. A primeira dama já vai fazer isso dentro da Santa Casa, terá uma sala, mas precisamos ampliar", evidencia.
Também reitera a urgência por políticas públicas voltadas para os animais, observando que muitos protetores e ativistas enfrentam sérias dificuldades, devido à falta de suporte governamental. "Não tem castração, hospital veterinário e as pessoas vão fazer dívida nas clínicas, estou falando isso porque tenho vivido e ouvido as pessoas, ido ao bairro, na periferia, esses protetores de animais precisam de ajuda, pois, só querem ter planos do governo".
Marimax apoia a proposta de aumentar as penas para crimes contra animais domésticos, aprovada através da comissão de deputados federais e defende um respeito universal, incluindo os pets, que são uma parte vital para as pessoas, algumas que muitas vezes dependem deles, a exemplo de crianças autistas que melhoram sua qualidade de vida, pessoas que saíram da depressão com essa ajuda, ou seja, cada indivíduo tem suas prioridades e particularidades.
Congruente a isso, aborda a questão da violência doméstica e a importância de se oferecer apoio adequado às vítimas. Muitas mulheres se sentem impossibilitadas de deixar seus agressores por conta da presença de animais de estimação, o que torna a situação ainda mais grave. Em exemplo, durante audiência, uma senhora relatou a Marimax que apesar da trajetória de maus tratos a ela, não sairia da moradia até encontrar um local digno para levar consigo seu cachorro.
Legitima a criação de programas como o "Ser Família", Ser Família Mulher, Ser Família Inclusivo, para pessoas com algum tipo de deficiência, o Ser Família Solidário que já demonstrou sucesso em outros locais, para fornecer suporte a crianças e famílias em situação de vulnerabilidade, ou seja, trazer as políticas públicas da primeira-dama para Cuiabá, "quero ser essa vereadora do social, trabalhei no governo do estado e eu vi que as políticas do social funcionam no governo do estado, quero ser esse elo, trazer os projetos que Emanuel Pinheiro nunca aceitou fazer, mas fizemos, porque pessoas recorrem a nós, recorriam a Virgínia Mendes, que tem essa missão de cuidar de todos que precisam, não deixar nenhum mato-grossense para trás".
Dentro desse projeto, já propôs ao seu apoio declarado, o candidato a prefeito Botelho (União), para aderirem nas quatro regiões no município de Cuiabá o Ser Família Criança, um projeto feito com sucesso em Poconé, de contraturno para as mães deixarem as crianças dentro de um local seguro, com profissionais adequados, professores, nutricionistas, psicólogos e ambiente desportivo.
Enfatiza a importância de uma atuação política que se comprometa com a verdade e a eficiência, criticando a falta de ação de alguns vereadores e a corrupção no cenário atual, deseja uma mudança significativa na gestão de Cuiabá, destacando um gestor que realmente se preocupe com as pessoas e não apenas com números. Defende a implementação de um plano de arborização para melhorar a qualidade de vida na cidade e acredita que, com um alinhamento adequado com o governo estadual, é possível alcançar melhorias substanciais em saúde, educação e segurança, articuladas ao governo estadual para promoverem melhorias, apesar das dívidas municipais.
A Câmara de Vereadores de Cuiabá possui 25 vereadores, sendo o prefeito Emanuel o papel de executivo. A situação da cidade é resultado da falta de fiscalização por parte desses fiscalizadores. Uma crítica incisiva é direcionada àqueles que se dizem oposição, mas "na hora de votar, dá dor de barriga, vai para o banheiro, vai fumar cigarro, na prática, não conseguiu uma CPI, não fez nada com as mais de 20 investigações contra o gestor", sem se posicionar, deixando o povo cansado de promessas vazias e vídeos ineficazes em redes sociais. O compromisso com a cidade é enfatizado, afirmando que "os cuiabanos não aguentam mais essa conversa fiada" e que os vereadores que não se colocaram à disposição do trabalho, deveriam se envergonhar de pedir votos para reeleição. Se preocupa com o atual cenário, criticando a falta de ações efetivas e a corrupção, quer contribuir para uma política mais transparente e comprometida com a melhoria da cidade.
A principal mudança necessária em Cuiabá, segundo ela, é ter um gestor verdadeiramente humanizado, que priorize o bem-estar da população, com foco em áreas essenciais, como a saúde, educação e proteção das mulheres, especialmente no combate à violência doméstica e ao feminicídio. "A minha pauta é o cuidado das pessoas que mais precisam o que falta para Cuiabá é voltar a zelar e resgatar o orgulho do cuiabano".
Destaca a necessidade de um plano de arborização para enfrentar o calor insuportável da cidade. "Chegamos ao limite! Precisamos ver o que pode ser feito. Emanuel Pinheiro ficou oito anos como prefeito e não propôs nada de arborização".
Além disso, entende que ao revitalizar o centro histórico, que sofre com insegurança e falta de investimentos, auxilia moradores e comércio local.
Comazze se apresenta como alguém de conexão direta com as pessoas, valorizando o contato ‘olho no olho’ e uma política de verdade, não apenas baseada em comunicação virtual. Com uma trajetória marcada pelo atendimento e assessoria às necessidades básicas da população, como saúde e infraestrutura, entregas de casas em programas estaduais, ela deseja conquistar cada voto consciente, enfatizando que a única novidade será a legitimidade do mandato que, se obtido, será tratado com muita honra.
