22 de Outubro de 2024

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POLÍTICA Quinta-feira, 08 de Agosto de 2024, 15:49 - A | A

Quinta-feira, 08 de Agosto de 2024, 15h:49 - A | A

ELEIÇÕES 2024

“Isso aqui vai mudar a história dessas crianças no nosso estado”, afirma candidata a vereadora por Cuiabá

Bia Calmon conta sobre sua lei aprovada em prol dos pequenos com deficiências e projetos futuros caso eleita

Yasmin Yegros da Redação

Nascida em Poxoréu, Mato Grosso no ano de 1952, mudou-se para capital do estado para ter mais oportunidades de ensino. Formou-se e atuou como psicóloga hospitalar com especialização em neuropsicologia. Atualmente é suplente de vereadora, autora da lei 12.416 e do guia “Encaminhos”, disponível do site do CRM/MT, ambos para beneficiar a saúde e educação das crianças com necessidades diferenciadas em nosso estado. Além de homenageada pela câmara municipal de Cuiabá por ser responsável em trazer o projeto das câmaras de segurança comunitária para o bairro Santa Rosa.

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Apesar do histórico de conquistas sociais no estado, começou sua carreira na política dentro do próprio bairro, para retornar o nome de uma das ruas que havia sido trocada por uma moradora, sem levar em consideração as regras existentes estabelecidas que não foram cumpridas sobre o assunto. Para finalizar a petição precisava da assinatura de um vereador, foi quando Abílio entrou na jogada e após começarem a lutar, convidou Bia para ser candidata. 

Centro oeste popular - Qual foi o maior motivo para concorrer nesta eleição para vereadora? 

Bia Calmon - Foi porque acho a maioria das pessoas decentes meio mole, escuto dizerem, que não se envolvem com política porque só tem ladrão. Mas se você não faz nada, você está sendo convivente. A política está muito dominada por pessoas que não estão preocupadas com os outros. Quando eu fui trabalhar na televisão, eu fui uma clareada, você começa a ver uma outra realidade e tem que se posicionar, começa a pesquisar e eu tenho certeza que quando entra na comunicação você começa a pesquisar e a descobrir tanta coisa que os outros nem imaginam. Então eu sempre falo quando eu vou conversar com as pessoas, você consegue atravessar o mar nadando? Aí a pessoa fala, não. Eu falei, por que não? O mar não é composto de gotinhas de água? Se ela cai aquela gotinha lá na areia, daqui um pouco ela desaparece, mas se ela se juntar, aí a coisa pega. Por exemplo, eu sou uma gotinha de água, só que eu tenho que fazer a minha parte. Não adianta ficar na internet reclamando disso, aquilo. Então a gente tem que, não só fazer o seu, mas também esclarecer as pessoas.Eu sou psicóloga hospitalar, trabalhei no estado e no município, na saúde tem coisas por exemplo, os exames do recém-nascido é feito tanto no sus quanto na privada, auditivo, visual, do pezinho, porque quando detecta que se tem alguma deficiência porque que não é encaminhado. E quando eu fui trabalhar na educação especial eu começava a ficar angustiada porque eu via aquelas crianças e tudo tem possibilidade de realmente você reduzir aquele déficit, como que vai incluir uma criança surda que chega na escola que não sabe libras que é linguagem oficial. Fazia parte da equipe de avaliação, a gente ia em tudo quanto é escola de Cuiabá e aqueles adolescentes vinham pedir socorro pra mim dentro dos doze, treze anos eles saem da escola eles não aprenderam a ler, ele sabe que eles não vão conseguir emprego, que não tá sendo incluído em nada e que foi faltado o futuro dele. E eu comecei ficar chateada com isso. Comecei a pesquisar pesquisar, quando nasce essas crianças, os pais são puxados dentro da da do hospital e que ele fez os dentes, estagiário, começa a trabalhar as crianças com oito meses, nove meses ou você em libras. Eu posso dizer que tem que ter do sujeito. Fui na assembleia, conversei com o doutor Guilherme que era, né? Eu fico falando do hospital para explicar alguma coisa. Não dá pra ficar desse jeito. a gente faz? Olha, vai ficando desde dois mil e dezessete. Fazer um negócio. Até resolvemos fazer uma lei. Fizemos uma lei. Aí o governador vetou O treino de aí ele voltou. Fazer alguma coisa assim pra ela. Porque quando eu faço as coisas procuro ter embasamento para que eu possa ter dados verídicos, números pra me provar que aquilo não dá. Eu falei pra elas na fonte. Como eu conheço ainda mais dos médicos porque trabalhei no Hospital Santa Rosa a gente conversava todos os outros responderam que vão encontrar as crianças porque não sabiam que essas instituições. E temos cento e setenta e poucas instituições porque é grátis trabalho e que não sabia e eles olham todos os médicos nos falaram. Nos ajude. Dá esses dados pra gente. A gente não quer isso na nossa vida. A gente precisa fazer alguma coisa. Doutor Paulo Prado entrou na briga junto com a gente também no Ministério Público, a doutora Daniela eh aí a gente nós resolvemos fazer um manual um guia que que já nasceu todos as instituições agora são muitos que já está com interesse de fazer porque muitas era um prédio alugado e luz aí a gente fez esse guia aqui tá? Que aí o saiu pelo Ministério Público guia duas mil cartilhas depois a gente distribuiu no estado inteiro. Esse guia aqui está no site do conselho de medicina, está no site do do Hospital Santa Rosa, do Hospital Júlio Miller, do Santa Helena, já sabe para onde encaminhar essas crianças, tá? Então porque ficava naquele negócio ter plano de saúde ou condição de pagar o serviço do contrato. A demanda maior são as crianças de baixa renda. agora já é leite aqui que todas unidade público ou privada que atende crianças que fecha diagnóstico algum tipo de deficiência ele colocar no site e lá o título de deficiência aqui não se coloca se você derrame serviço e coloco se você tem bens coloco se você tem covid coloco mas se você tem deficiência não coloca como que vai a gente vai poder estar melhorando essas locais essas crianças são atendidas não sabe o número. Aí fomos atrás eu fui atrás do doutor Vagner que é promotor, mas o governador sancionou hoje é lei Então isso aqui vai mudar a história dessas crianças no nosso estado. Eu falei que isso aí tem que ser igual a vacinar. 

Centro oeste popular - Levando em conta eventos como a grande parte de vereadores ausentes em assembleia, examinando as mais de vinte investigações da atual gestão de Emanuel Pinheiro, como você analisa o cenário político cuiabano? 

Bia Calmon -  Eu acho vergonhoso porque eu sempre falo gente do céu, eles são nossos funcionários, a gente que paga e o que que a gente faz? Oh grande chefe! Uma vez eu falei assim, devolve o nossos impostos que a gente vai contratar uma empresa e vamos recapear o hospital, os valores aqui estão muito invertidos, os valores são feito através da televisão, que na realidade não tem aquele compromisso de esclarecer e ultimamente a coisa ficou bem pior pois a gente está passando por uma crise moral. Por exemplo, o Lula deu um condomínio todinho pra mulheres de presidiários. Aí fizeram a comissão, foram na Secretaria de Educação lá do município reivindicar creche, rede técnico porque resolveram mudar como se fosse status. Então esses valores estão desse jeito. E hoje eu falei que um dia a gente vê esses valores equiparados aos da política também. Na gestão mas com pouca gente preocupada, parece que esse pessoal da oposição é uma maioria, mas não é quem grita mais alto não é? A gente não grita, mas a gente precisa fazer alguma coisa que pode até não dar certo, mas é importante que você tente aí por exemplo assim a questão do mandato do prefeito é ver essa questão do empréstimo do vereador que votou a favor? Você está preocupado com as pessoas?

Centro oeste popular - Qual será seu diferencial e principal bandeira nesta campanha? 

Bia Calmon - A Saúde inclusiva e educação, tenho muito trabalho com relação a isso, não foi uma coisa premeditada foi uma coisa assim sabe se você tem que fazer alguma coisa porque eu vi que ninguém fazia nada, fica cada um com seu quadrado e as crianças no meio sabe? Santa Rosa também nosso bairro estava sendo sucateado porque muito ladrão rouba assalto todo dia e eu falei gente do céu eu falei vai chorar só eu aqui nesse bairro porque só tem minha casa é aqui debaixo da ponte já está lotado, né? Tem que fazer alguma coisa. Fui na Secretaria de Segurança e cheguei lá eu falei do coronel Carlos. Foi coronel Carlos. Você é muito inteligente pra perceber que tem um trem errado. vem a construtora que compra aí elas vem e constrói acabou fui no congresso e vi o negócio dumas câmera lá e eu achei interessante trouxe o papel pra pra mim ver em casa aí quando eu vi que essas um sistema preparado para os moradores cada um pagaria pelo uso das suas e o mais do que entusiasmou mais porque teria que ser vinculado à polícia. Aí eu conseguimos implantar lá no bairro Santa Rosa, foi uma guerra de cachorro grande, né? Porque as pessoas têm um preconceito que acham que por uma coisa é barato não funciona, né? trouxe o moço da franquia ir pra casa, conversar, convencer e hoje em dia nosso bairro é apresentado como modelo de transformação de segurança, conseguimos graças Polícia Militar.

De cem crianças que morrem, oitenta e cinco não morrem pela doença. É porque não teve um tratamento. Não tem como você não entrar. Todos os médicos falaram gente eu não sabia disso. O lado humano deles, a questão da lei também. Por isso que me convidaram para ser candidata, vejo muito vereador que eu tenho muito mais trabalho passado, a gente tem um projeto lá no batalhão quarenta e quatro.A chance de nós mulheres realmente ganharmos é pouca, primeiro tem que ter muito dinheiro e tem que ter um poderoso que coloca você debaixo da asa, é o sistema não é? Não vamos não vamos delirando. Então a gente precisa chamar as pessoas, às vezes eu converso elas, explicando, as pessoa fala, ah, eu não vou votar e nunca votei, não estou nem aí. Eu falei muito bem. Parabéns, você está ajudando a posição a ficar como está. É sua responsabilidade, você pensar que é fácil ficar trabalhando com essa questão da campanha, não é não. Porque eu não tenho equipe. Não tenho um monte de gente pra fazer um negócio desse, mas tenho que fazer a minha parte. Porque se eu não fizer vai ficar muito pior e eu não vou poder nem reclamar.

Centro oeste popular - Quais serão seus projetos caso vença a eleição, alguma área será destacada? 

Bia Calmon - O meu projeto mesmo na realidade é melhorar a questão da qualidade de vida das crianças especiais, por quê? É porque é uma coisa que eu conheço que eu sempre falo com minhas amigas, pegou uma bandeira que você conhece que é capaz de responder qualquer coisa a respeito daquilo, qualquer coisa para se perguntar eu sei, porque é vivência sabe, vou continuar nessa linha, você que tem que abranger mais, tem que ser maior por exemplo. Assim eu tenho dor de barriga. Você tem dor de cabeça. Aí eu tenho direito a ser atendido e você não? Não pode. Vocês não podem fazer as coisas desse jeito. Tem que melhorar para que as mães possam ter condições. 

Quando eu trabalhei na Secretaria de Educação eu criei a escola de pais, para orientar os pais como cuidar das crianças, aquelas crianças eram atendida, em vez de ficarem fofocando, a gente ia pro grupo pra gente conversar, era assim, a gente conversava separado pra não virar grupo de fofoca e consegui parceria no SENAI onde encaminharam as mães, os órgãos a fazer cursos, cê precisa ver mãe que vivia isso, descabelado, esse negócio de conseguiu fazer a gente conseguiu até curso de técnico de enfermagem hoje em dia.

Aí você tem que dar dignidade agora fica essa história pra lógico que às vezes é policiar mas você precisa dignidade, criar condições. Essa manutenção da miséria eu não concordo. 

Aquele sinaleiro lá de frente ao hospital Santa Rosa, foi eu que que batalhei pra colocar lá, idosos têm que atravessar e aumentava o número de atropelamentos e ninguém fazia nada, então tem tanta coisa que eu já fiz que eu nem lembro mais então eu eu faço as coisas por uma consciência.

Por que a saúde é ruim? Por que as crianças desnutridas? Uma criança desnutrida não vai desenvolver igual uma criança que é bem cuidada. Uma criança podia ter uma boa escola, um professor para que ela pudesse realmente ter o prazer de estar na escola. Agora a gente vai na escola aqui em Cuiabá, são escola que não tem ar condicionado, é aquela janelinha persiana de mil oitocentos e bolinha. Você acha que a criança tem prazer de ficar naquele forno.

Centro oeste popular - Tendo em consideração todo o exposto, na sua opinião, qual a mudança primordial que Cuiabá precisa ter? 

Bia Calmon - É preciso ter pessoas que realmente tenham caráter, pessoas de valores, pessoas de família, pessoa séria é preciso ter pessoas que realmente pensem no outro, que tenha vergonha que o nome dele saia porque ele estava roubando, porque ele estava fazendo um monte de falcatrua, precisa de gente que tem valores que tem família que estuda. Se eu não quero mal da minha família eu não posso querer o mal pra sua também. Se a pessoa tomar consciência que aquilo é uma função e que ele é nosso empregado, que ele recebe pra prestar um serviço, aquele dinheiro não é dele. Eu acho assim que deveria criar um sistema de prestação de conta para que fosse uma coisa clara, para que todo mundo tomasse conhecimento.

A gente precisa ter realmente orgulho das pessoas que estão administrando nossa cidade. Só que inverte as coisas, não tem vergonha de certas atitudes. E outra coisa, aqui no nosso país eles acham que política é reinado é o pai, o filho, neto e vai que vai embora, um sistema tão fechado que não abre pras outras pessoas dentro do canal. É uma casta, pode olhar a maioria dos políticos aí tem não sei quantos anos de carreira, é preciso mudar essa questão. Então fica desvalorizando, por exemplo, as forças de segurança, desvalorizando as pessoas que podem realmente fazer, a gente está numa situação muito difícil e a tendência é ficar pior, porque não foram trabalhadas na base dessa geração. Só que a gente fica meio leve e não pode ficar desse jeito, a gente tem que lutar, fazer sua parte, é igual eu falei pra você sobre a gotinha de água, mas é difícil as pessoas de bem se juntarem,suportar um ao outro, realmente ter foco, ter objetivo, a gente precisa passar por mudanças bem forte. 

 

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