22 de Outubro de 2024

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SAÚDE Terça-feira, 13 de Agosto de 2024, 15:32 - A | A

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Santas Casas defendem aprovação de projeto que cria conta específica para os repasses do SUS

Texto está pronto para ser votado pelo Plenário da Câmara dos Deputados

Redação

As Santas Casas defenderam nesta terça-feira (13), na Câmara dos Deputados, a aprovação de proposta que cria conta-corrente específica para repasses federais e de emendas parlamentares para pagamento de prestadores privados na saúde.

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 57/22 deverá ser analisado nesta noite pelo Plenário da Câmara, disse o deputado Antonio Brito (PSD-BA), autor da proposta, durante debate promovido pela Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas.

“O presidente Arthur Lira (PP-AL) e os líderes já concordaram”, afirmou Brito, presidente da frente parlamentar. “O projeto passou por três comissões e está pronto para pauta. Precisamos que a vontade dos parlamentares seja respeitada”, continuou. Para virar lei, o texto tem de ser aprovado também pelo Senado.

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O presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Mirocles Véras, explicou que, pela regra vigente, os recursos de emendas hoje são repassados a fundos municipais e estaduais.

Assim, em alguns casos, as emendas acabam não chegando às reais destinatárias. “Com a mudança, se o prefeito não quiser repassar o dinheiro para a Santa Casa escolhida pelo parlamentar, terá de devolver o montante à União”, completou.

Mudança em lei
Para criar a conta-corrente, o PLP 57/22 altera a Lei Complementar 141/12. Essa norma trata, entre outros pontos, dos valores mínimos anuais a serem aplicados na saúde pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios.

“A ideia é aperfeiçoar os repasses de recursos aos entes federativos, promover a transparência e melhorar a gestão”, comentou Antonio Brito. Segundo ele, hoje quase 3 mil entidades filantrópicas atuam no Sistema Único de Saúde (SUS).

Reajuste na tabela
Durante o debate, a CMB cobrou ainda a garantia de dotações orçamentárias para cumprimento da Lei 14.820/24. Essa norma determina a revisão anual dos valores de remuneração dos serviços prestados ao SUS pela rede complementar.

“O reajuste que acontecer no orçamento do Ministério da Saúde, ou pelo menos a inflação, deveria naturalmente passar para os nossos contratos, por meio dessa lei”, explicou Mirocles Véras. “Estamos aguardando uma portaria”, continuou ele.

As 19 federações estaduais e mais de 1,8 mil instituições sem fins lucrativos da CMB representam atualmente mais da metade dos atendimentos totais do SUS. De hoje até quinta-feira (15), em Brasília, a CMB realizará seu congresso anual.

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