16 de Setembro de 2024

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VARIEDADES Terça-feira, 03 de Setembro de 2024, 16:18 - A | A

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LANÇAMENTO

Pocah faz alerta sobre violência doméstica em 1º álbum: 'Quase fiquei cega'

Pocah lança nesta terça-feira (3), às 21h, o disco "Cria de Caxias"

UOL

Prestes a completar 30 anos, Pocah lança um disco autobiográfico, o "Cria de Caxias", que chega nesta terça-feira (3), às 21h, nas plataformas de música. O trabalho mostra "as belezas e as dores" de ser quem Viviane de Queiroz Pereira é. Musicalmente, traz funk e sensualidade, mas também R&B e músicas acústicas da artista que começou há 14 anos como MC Pocahontas.

Violência doméstica

Na música "Livramento", acompanhada apenas por um piano, Pocah narra as dores de um relacionamento abusivo que vivenciou: "Deus, muito obrigado pelo livramento que foi dado, tirou todo mal do meu caminho e não deixou meu coração sozinho. Obrigada por não desistir de mim porque eu mesma quase desisti".

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Pocah viveu um relacionamento abusivo, com episódios de violência doméstica e abusos, como já relatou em entrevistas; no entanto, é a primeira vez que canta sobre o tema delicado. Ela relata quase ter ficado sem enxergar após uma das agressões, o que foi o estopim para ela se separar, sair da casa onde vivia e voltar para o colo da mãe. A sua fé também foi fundamental para sair dessa situação, conta ela durante papo com Splash.

Pocah deu a volta por cima, com a ajuda de sua família e de sua filha, e "Livramento" chega com tom de alerta. Ela não quer que outras mulheres passem pelo mesmo que ela vivenciou. "Jamais desejo a outra mulher ter os relacionamentos que já vivi. Nenhuma mulher merece se sentir roubada, invadida e humilhada... Eu me olhava no espelho e não me reconhecia. Ninguém pode."

"Cria de Caxias"

O álbum é dividido em três atos distintos e, cada um, representa uma parte da vida da artista: MC Pocahontas, Pocah e Viviane. "A MC Pocahontas é uma artista iniciante, com o funk muito presente, atrevida e rebelde, fala o que sente; a Pocah é o amadurecimento da MC Pocahontas, onde ela busca profissionalizar o canto e a dança, ser artista com mais bagagem, tem hits e fã-clube enorme; a Viviane é quem sustenta essas duas personas, mas não é só o glamour, é quem sofre as dores no off, como mulher, mãe e pessoa física, Viviane é a sem vergonha mais tímida que conheço."

No primeiro ato, ela resgata o início da carreira, quando a menina de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, sonhava em ser uma funk star. O trabalho começa com "Só de Raiva", em parceria com Rebecca e Tati Quebra-Barraco. Elas cantam: "Eu odeio homem, sento neles só de raiva".

Na sequência, o segundo ato simboliza a transição do funk para outros estilos, mas sem esquecer do batidão carioca. Na faixa-título, ela exalta a cidade onde cresceu, enquanto faz uma retrospectiva sobre a vida, celebrando sua jornada e ascensão econômica, em "Brilho no Olho". "Tudo de bom e, também, as más experiências da minha vida foram lá em Caxias. De alguma forma, fez a mulher que sou hoje."

Por fim, no terceiro ato, a artista tira a face da Pocah para vestir o que há de mais íntimo para a Viviane. Além de "Livramento", ela narra pressões externas que sofreu em sua vida pessoal e profissional, principalmente após participar do BBB 21, em "Nunca Tá Bom". Também é no terceiro ato que ela se declara e canta junto da filha, a pequena Vitória, 8, na faixa mais aconchegante do trabalho, "Mais que uma declaração de amor".

Rock in Rio

Pocah é atração do Espaço Favela no dia 20 de setembro. Será a primeira vez da artista no maior festival do país, por isso, ela não esconde a felicidade: "Primeira vez num festival de grande porte, vou levar o 'Cria de Caxias', me sinto honrada, esperei por muito tempo. Vou fazer jus a minha oportunidade. Não vejo a hora, já estou ensaiando. Cada dia que passa, o coração dispara mais".

 
 

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