Professores da rede municipal de Cuiabá estão indignados com a decisão da gestão municipal de postergar o pagamento das horas extras trabalhadas para abril. A medida gerou um clima de revolta entre os educadores, que afirmam que o adiamento não faz sentido, uma vez que os impostos mais elevados no próximo mês resultarão em descontos ainda maiores nas folhas de pagamento.
"Uma grande falta de respeito o não pagamento das horas excedentes e empurrar para abril!!! Vergonhoso e desrespeitoso com os professores que se desdobram, cumprem com sua jornada e não recebem", desabafou uma professora, que criticou a falta de sensibilidade por parte da Secretaria Municipal de Educação.
Ela destacou ainda que muitos educadores fazem horas extras porque realmente necessitam do pagamento para cumprir com suas responsabilidades, como alimentação e transporte. "Quem faz hora excedente é porque precisa! Temos família, compromissos e despesas da própria jornada", afirmou.
A insatisfação com a atual gestão também é evidente em outros comentários dos professores. Muitos expressaram arrependimento por terem apoiado o atual prefeito Abílio Brunini, fazendo comparações com a gestão anterior de Emanuel Pinheiro. "Fui eleitor do Abílio Brunini. Arrependimento viu! Saudades do Emanuel. Vai ser igual ao Bolsonaro, não terá reeleição. Gestão merda, cidade suja, vereadores com muito dinheiro no bolso só pra fazer vídeo", afirmou um docente em um desabafo que circulou nas redes sociais.
Para os profissionais da educação, a decisão da prefeitura é uma humilhação. "Senhora Secretaria, seja humana com os servidores. É humilhante mendigar aquilo que é nosso por direito. Pague as horas excedentes!!!", clamou outra professora em seu relato.
A falta de pagamento das horas extras tem gerado um forte sentimento de desvalorização entre os educadores, que consideram que a administração municipal está desrespeitando seus direitos.
O Centro Oeste Popular entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação, que emitiu uma Nota Informativa esclarecendo a situação do pagamento das horas extras. De acordo com a nota, as horas extras trabalhadas no mês de fevereiro serão pagas na folha de março, conforme o procedimento padrão, onde as horas excedentes de cada mês são incluídas na folha subsequente, desde que o lançamento seja realizado dentro do prazo estipulado pela unidade responsável.
A Secretaria explicou que, no caso de fevereiro, as aulas excedentes começaram apenas no dia 10, o que impactou o processamento do pagamento, que foi programado para março. A nota também apontou que o período registrou um alto volume de lançamentos de contratos, o que exigiu mais tempo para organização. A Secretaria garantiu que todas as unidades já foram informadas sobre o cronograma de entrega dos documentos necessários para o pagamento.
Veja a nota na integra
Nota Informativa
A Secretaria de Educação informa que as horas extras trabalhadas no mês de fevereiro serão pagas na folha de março. Conforme o procedimento padrão, as horas excedentes de cada mês são incluídas na folha subsequente, desde que a unidade responsável tenha realizado o lançamento dentro do prazo estipulado.
No caso de fevereiro, as aulas excedentes tiveram início apenas no dia 10, o que impactou no processamento do pagamento, ficando programado para a folha de março. Além disso, o período registrou um alto volume de lançamentos de contratos, o que demandou maior organização. Todas as unidades já foram devidamente informadas sobre o cronograma de entrega dos documentos necessários.
