A intenção de consumo dos lares em Cuiabá atingiu, em novembro, o maior patamar em quase uma década, alcançando 118,3 pontos no Índice de Consumo das Famílias (ICF). O resultado marca o sexto crescimento consecutivo na pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT). Em comparação ao mês anterior, houve acréscimo de um ponto, enquanto na avaliação anual o índice cresceu 13,42%, consolidando um cenário otimista para a economia da capital.
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De acordo com José Wenceslau de Souza Júnior, presidente da Fecomércio-MT, o índice atual reflete um ambiente econômico favorável e é o maior registrado desde março de 2015, quando a pontuação chegou a 118,8. “O resultado indica um consumo impulsionador, beneficiando as atividades do comércio, serviços e turismo em Cuiabá e no estado”, destacou.
Um dos fatores que reforçam o otimismo é a melhoria na segurança em relação ao emprego. Atualmente, 55,8% dos entrevistados se sentem mais seguros em relação à ocupação, enquanto em 2015 o índice era de 50,2%. O percentual de desempregados também caiu significativamente, de 11,9% em 2015 para 4,5% em 2024.
No comparativo mensal, itens como Compra a prazo (7,2%), Nível de Consumo Atual (2,9%) e Perspectiva Profissional (2,5%) apresentaram aumento. Em contrapartida, outros indicadores tiveram leve retração: Renda Atual (-2,1%), Perspectiva de Consumo (-1,7%) e Momento para Duráveis (-1,6%).
Quanto à renda, 56,5% dos entrevistados avaliam a situação atual como melhor, 26,4% como igual e apenas 16,8% como pior, em relação ao mesmo período do ano passado.
Enquanto Cuiabá registra crescimento, o índice nacional permaneceu estável em 103,2 pontos entre outubro e novembro. Em relação ao ano anterior, o resultado nacional apresentou queda de 1,62%. Isso reforça o destaque da capital mato-grossense, que obteve uma evolução mais expressiva, indicando uma tendência de maior consumo no período, com impacto positivo no comércio local.
O Sistema S do Comércio em Mato Grosso, presidido por José Wenceslau de Souza Júnior, acompanha essa evolução, com ações que integram Fecomércio, Sesc, Senac e IPF-MT, promovendo o fortalecimento do setor na região.
O varejo brasileiro deve movimentar R$ 69,75 bilhões no Natal de 2024, um aumento real de 1,3% em relação ao mesmo período de 2023, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Apesar do avanço, o setor ainda não recuperou os níveis pré-pandemia, quando o faturamento no Natal de 2019 foi de R$ 73,74 bilhões. Além disso, a CNC projeta a contratação de 98,1 mil trabalhadores temporários, número inferior ao do ano passado, quando foram criadas mais de 100 mil vagas.
Os supermercados devem ser os principais responsáveis pelas receitas do varejo, com uma fatia de 45% das vendas, o equivalente a R$ 31,37 bilhões. Em seguida, aparecem as lojas de vestuário, calçados e acessórios, que representarão 28,8% do total (R$ 20,07 bilhões), e os estabelecimentos de artigos de uso pessoal e doméstico, com 11,7% (R$ 8,16 bilhões).
“O Natal é a principal data comemorativa do comércio. Juntos, os segmentos de hipermercados e de vestuário devem responder por aproximadamente 75% de tudo o que o varejo vende, principalmente pela demanda por alimentos para a ceia e pelas trocas de presentes”, destacou Fabio Bentes, economista-chefe da CNC.
A data também impulsiona o setor como um todo, com o varejo registrando, em média, aumento de 25% nas vendas em dezembro. No segmento de roupas e acessórios, esse incremento pode chegar a 80%.
O crescimento das vendas neste Natal é favorecido pela menor taxa de desemprego desde 2012, que atingiu 6,4% no trimestre encerrado em setembro, e pelo aumento de 7% na massa de rendimentos em comparação ao mesmo período de 2023. Fabio Bentes aponta que “o bom momento do mercado de trabalho tem sido determinante para o crescimento das vendas, especialmente nos segmentos mais democráticos, como o vestuário, que atende todas as camadas da população”.
Por outro lado, o consumidor sente o impacto da desvalorização cambial, que encareceu itens típicos do Natal, com alta média de 5,8% nos preços, segundo o IPCA-15. Produtos como livros (12%), cosméticos (9,5%) e alimentos (8,3%) puxaram o aumento, enquanto bicicletas (-6,2%), celulares (-5,5%) e brinquedos (-3,5%) ficaram mais baratos.
No entanto, a CNC prevê queda nas contratações temporárias, estimando 98,1 mil vagas, 2,3 mil a menos do que no ano passado. Fabio Bentes explica que a menor dependência de temporários se deve ao aumento de 3% na força de trabalho ao longo do ano, com 240 mil vagas efetivas criadas em 2024. Ele destaca, ainda, que cerca de oito mil trabalhadores temporários devem ser efetivados em 2025.
Apesar do crescimento mais moderado em relação a anos anteriores, o Natal segue sendo a principal data do comércio varejista, consolidando-se como um termômetro importante para a economia brasileira.
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá) anunciou que os estabelecimentos comerciais de rua e shoppings centers em Cuiabá terão horários de funcionamento estendidos durante o mês de dezembro. A medida, prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) válida para Cuiabá e Várzea Grande, busca impulsionar as vendas no período das festas de fim de ano, o mais importante para o comércio varejista.
O acordo permite que as lojas ampliem a jornada dos colaboradores em até duas horas, com a garantia de pagamento ou inclusão dessas horas no banco de horas para compensação. “O fim de ano não só movimenta a economia com aumento nas receitas e nas comissões dos colaboradores, como também gera mais empregos temporários”, destacou Junior Macagnam, presidente da CDL Cuiabá.
Confira os horários especiais;
Comércio de rua
Dias 9 a 14: até 22h
Dia 15: até 18h
Dias 16 a 21: até 22h
Dia 22: até 20h
Dia 23: até 22h
Dia 24: até 20h
Dia 25: Fechado
Dias 26, 27 e 28: até 22h
Dia 29: até 20h
Dia 30: até 22h
Dia 31: até 20h
Shoppings centers
Dias 16, 17 e 18: 10h às 22h
Dias 19, 20 e 21: 10h às 23h
Dia 22: 11h às 22h
Dia 23: 10h às 23h
Dia 24: 10h às 18h
Dia 25: Fechado
Dias 26, 27 e 28: 10h às 22h
Dia 29: 11h às 22h
Dia 30: 10h às 22h
Dia 31: 10h às 18h