26 de Abril de 2025

POLÍTICA Terça-feira, 22 de Abril de 2025, 15:12 - A | A

Terça-feira, 22 de Abril de 2025, 15h:12 - A | A

POLITIZAÇÃO DE PAUTAS

Max Russi defende dignidade no sistema prisional e aposta em melhorias na saúde pública de Mato Grosso

Presidente da Assembleia Legislativa critica politização de pautas e reforça compromisso com a fiscalização e o cuidado com as pessoas, mesmo nas situações mais difíceis.

Ana Carolina | Redação

No plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o presidente Max Russi (PSB) não hesita em abordar temas delicados. Com fala direta, ele criticou a moção de repúdio aprovada por parte da Câmara de Cuiabá contra deputados estaduais e fez um alerta sobre o uso político de pautas sensíveis.

“Respeito a decisão da Câmara, mas ali há muito movimento político. Muitos vereadores são pré-candidatos à Assembleia no próximo ano e acabam usando essas discussões para autopromoção. Inclusive, a pessoa que apresentou o requerimento é novamente candidato a deputado. Já disputou algumas eleições, não teve oportunidade de ser eleito, não teve espaço partidário na Assembleia, e agora vai buscar todos os argumentos possíveis para desmerecer quem está aqui e se promover. Isso faz parte”, comentou.

O estopim da polêmica foi a derrubada do veto ao artigo que regulamenta a venda de itens essenciais nos presídios estaduais. A medida foi interpretada por alguns como uma flexibilização indevida, mas o parlamentar reforça que a proposta trata da garantia de dignidade mínima. Ele enfatiza que a Casa de Leis não liberou a venda de produtos supérfluos, e sim assegurou o direito de acesso dos presos a itens como sabonete, pasta de dente e outros produtos de higiene pessoal.

Durante a entrevista, Max expressou indignação com o que considera uma tentativa de politização do tema, afirmando que há quem defenda que mulheres presas permaneçam sem acesso a itens básicos como absorventes. Para ele, ainda que essas pessoas tenham cometido crimes graves, continuam sendo seres humanos e merecem cuidados mínimos.

Além das discussões envolvendo o sistema prisional, o presidente também demonstrou preocupação com a crise na saúde pública de Mato Grosso. Com a possível entrada do Hospital Albert Einstein na gestão hospitalar, Max vê uma oportunidade concreta de avanço. Para ele, a proposta representa uma chance real de qualificar o atendimento, desde que haja fiscalização rigorosa e acompanhamento constante dos órgãos competentes.

“Acredito que é uma aposta muito boa do governo, pois a expectativa é grande. Confesso que já ouvi falar muito sobre o Albert Einstein e outros grandes hospitais do Brasil, mas não temos isso aqui no estado. Com eles vindo para cá, operando uma unidade pública e atendendo gratuitamente nossa população, a tendência é aumentar a quantidade e a qualidade dos procedimentos realizados. Isso será benéfico, porque estamos precisando”, ressaltou.

Na última semana, o secretário de Saúde, Gilberto Nascimento, confirmou o fechamento da Santa Casa de Cuiabá, informando que parte dos serviços será transferida para o Hospital Central, enquanto outras áreas ainda não têm destino definido. Diante desse cenário, Max considera a decisão do Estado um caminho sem volta. Ele também ressaltou a importância de garantir um atendimento digno, especialmente para as crianças da capital, reforçando o papel do Parlamento no acompanhamento desse processo de transição e na cobrança por soluções eficazes.

“Nada é pior para um pai ou uma mãe do que ver um filho doente e não saber onde procurar ajuda. Já passou da hora de termos um centro de referência para nossas crianças. E, se a Assembleia precisar contribuir financeiramente, nós vamos contribuir”, finalizou.

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