18 de Setembro de 2024

18 de Setembro de 2024

VARIEDADES Segunda-feira, 16 de Setembro de 2024, 10:15 - A | A

Segunda-feira, 16 de Setembro de 2024, 10h:15 - A | A

NOVO MEMBRO

Suspeita de envolvimento em jogos ilegais, advogada de Deolane postava dicas para não cair em golpes

Adélia Soares foi indiciada por falsidade ideológica e associação criminosa. Nas redes sociais, a advogada postagens como "a responsabilidade do influenciador digital", "como se proteger de golpes", e ainda, "como fazer sorteios e divulgar rifas sem ser

G1

Com 2, 2 milhões de seguidores nas redes sociais, Adélia Soares afirma ser especialista em contrato e advogada estratégia para soluções jurídicas de influenciadores e artistas. A advogada da influencer digital Deolane Bezerra foi indiciada por falsidade ideológica e associação criminosa.

No inquérito da Polícia Civil do DF, Deolane Bezerra não é citada. A investigação aponta que Adélia abriu uma empresa para que um grupo chinês operasse jogos ilegais no Brasil.

Nas redes sociais, Adélia Soares afirma ser especialista em contratos e advogada estratégica para soluções jurídicas de influenciadores e artistas. Ela publica postagens como "a responsabilidade do influenciador digital", "como se proteger de golpes", e ainda, "como fazer sorteios e divulgar rifas sem ser preso em 2024".

As publicações na internet também falam sobre as postas em jogos de azar.

"Uma enorme parte dessas rifas e sorteios, por mais que tenha cara de legalidade, são ilegais", é o que explica Adélia em um vídeo publicado em suas redes sociais.

De acordo com o documento da Junta Comercial de São Paulo, Adélia é a administradora e representante legal da empresa Playflow, com sede na cidade de Suzano, Região Metropolitana de São Paulo.

A Playflow tem sociedade com a empresa Peach Blossom que, segundo o documento, fica nas Ilhas Virgens Britânicas. O Fantástico foi até o endereço da empresa no Brasil, em Suzano, e não encontrou ninguém relacionada à empresa.

A investigação começou no Distrito Federal, depois que um funcionário da limpeza de uma delegacia da Polícia Civil foi vítima de um golpe. Foram transferidos R$ 1.800 da vítima para a conta bancária da empresa Playflow. A vítima fez uma denúncia, e a polícia descobriu como os sites de apostas funcionavam e qual o caminho do dinheiro.

Segundo o delegado do caso, Adélia Soares usou documentação falsa para abrir a empresa.

“Para uma empresa estrangeira funcionar no Brasil há uma série de regulamentações. O contrato precisa ser traduzido por tradutor juramentado, apostilamento da Haia, nada disso foi feito. É uma empresa ideologicamente falsa”, diz o delegado Érick Sallum.

Como funcionava o esquema?
O apostador entrava na internet e procurava um site de aposta.
Para jogar, ele fazia o pagamento via pix.
A Playflow recebia essa transferência e enviava os valores para uma instituição de pagamento.
Depois, o grupo criminoso pegava este dinheiro e mandava para uma casa de câmbio, que enviava os valores para fora do país.
Só que para isso, eles precisavam de CPFs de brasileiros, e usavam dados de pessoas que já morreram, de crianças e até nomes de pessoas que nem sequer existem.

 

Comente esta notícia

image