Depois de um hiato de 6 anos, o Victoria's Secret Fashion Show está de volta e retoma em sua passarela grandes nomes da moda, como Adriana Lima, Alessandra Ambrosio, Gigi Hadid, Candice Swanepoel entre outras. Entre 1995 e 2018 - o desfile da principal marca de lingeries do mundo atraiu a atenção dos entusiastas e fãs das tops - muitas delas que foram catapultadas para o estrelato por conta do evento.
Em sua última edição, em 2018, no entanto, evento também foi considerado controverso e gerou polêmica. Naquela época, a grife cancelou o seu desfile por conta do declínio de audiência. Segundo o jornal Independent, o evento final, por exemplo, atraiu apenas 3,3 milhões de espectadores, bem abaixo da média geral de 9,7 milhões apontada em 2013, por exemplo.
Qual foi a polêmica envolvendo a Victoria's Secret?
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O 'cancelamento' da marca aconteceu depois de Ed Razek, ex-diretor de marketing da L Brands - empresa que detinha os direitos da marca Victoria's Secret - fazer comentários controversos sobre a inclusão de modelos transgênero no desfile. O empresário afirmou, na época, que não achava que pessoas transgênero deveriam desfilar em seu evento porque "o show era baseado em uma fantasia".
“É um evento especial de entretenimento. Isso é o que é. É o único que existe no mundo, e qualquer outra marca de moda no mundo o aceitaria em um minuto, inclusive os concorrentes que estão nos criticando. E eles nos criticam porque somos os líderes.”, disse, na ocasião, justificando que esta seria a sua fórmula de sucesso e que a não inclusão não afetaria os negócios.
Depois das falas do empresário, Robyn Lawley, a primeira modelo plus-size a capa da Sports Illustrated, pediu às pessoas que boicotassem o desfile. Ela começou uma petição on-line pedindo que a Victoria’s Secret fosse mais inclusiva, argumentando que a marca de lingerie “dominou o espaço por quase 20 anos dizendo às mulheres que havia apenas um tipo de corpo bonito”.
“Até a Victoria’s Secret se comprometer a representar TODAS as mulheres no palco, estou pedindo um boicote completo ao Victoria’s Secret Fashion Show deste ano. É hora de a Victoria’s Secret reconhecer o poder de compra e a influência de mulheres de TODAS as idades, formas, tamanhos e etnias.”, disse a modelo na época, em suas redes sociais.
Diretor de desculpou
Com a polêmica, Ed Razek emitiu comunicado oficial que foi divulgado pela marca em suas redes sociais a respeito de suas falas, mas ainda assim não foram aceitas pelo público.
"Minhas observações sobre a inclusão de modelos transgênero no Victoria's Secret Fashion Show foram muito insensíveis. Eu peço desculpas. Para ser esclarecer, nós tivemos modelos transgênero fazendo testes para o desfile, mas assim como muitas outras, elas não foram aprovadas. Mas isso nunca se tratou do fato de serem transgênero. Eu admiro e respeito a jornada de elas se aceitarem como são".
Outras controvérsias
Com a repercussão, a marca também acabou se envolvendo em outras polêmicas que geraram críticas sobre eventos passados, alguns dos quais foram descritos como apropriação cultural. Um cocar nativo americano, por exemplo, provocou indignação durante o desfile de moda de 2012, enquanto um tema de inspiração chinesa, chamado Road Ahead, foi considerado ofensivo em 2016
Victoria's Secret Fashion 2024: Inclusão na passarela
De fato, a polêmica aparentemente surtiu efeito para a marca, que afirma que a nova edição deverá ser mais inclusive. O que se sabe e que se espera até o momento é que haverá a participação de Valentina Sampaio, modelo brasileira que se tornará a primeira modelo transgênero a desfilar na passarela do evento.
.Ashley Graham, modelo plus size, também foi confirmada e já fotografada nos bastidores do VSFS na manhã desta terça-feira (15), horas antes da grande apresentação.
