A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou nesta quarta-feira (6) que segue acompanhando as investigações sobre o caso Marielle e espera por justiça em relação aos mandantes do crime.
“Agora, esse futuro é totalmente girado para quem mandou matar a Mari, porque assassinar uma mulher eleita, da maneira que ela foi, simplesmente porque estava ‘atrapalhando’, e eles tinham essa visão, de que ela poderia atrapalhar os seus trabalhos, é inadmissível”, disse Anielle no programa Bom Dia, Ministra, da EBC.
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“A gente vai seguir acompanhando. O que fica para a gente agora é quem mandou matar e se de fato essas motivações serão confirmadas”, completou.
Os ex-sargentos da Polícia Militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados na última quinta-feira (31) pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Ronnie Lessa pegou 78 anos e 9 meses de prisão, e Élcio de Queiroz, 59 anos e 8 meses.
Segundo Anielle, acompanhar o julgamento e ouvir os condenados foi muito difícil, mas foi “um passo importante”, já que muitas pessoas no Brasil “não chegam a um mínimo que seja de justiça”.
Os réus acusados de serem os mandantes do crime passarão por julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo já está em fase final de tramitação. São réus:
Deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ);
Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Domingos Brazão;
Delegado da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa;
Major Ronald Paulo Pereira;
Policial militar Robson Calixto Fonseca.
De acordo com a PF, o motivo da execução está relacionado à atuação da milícia na disputa por terras na zona oeste do Rio de Janeiro.