30 de Outubro de 2024

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POLÍTICA Quarta-feira, 06 de Novembro de 2024, 16:25 - A | A

Quarta-feira, 06 de Novembro de 2024, 16h:25 - A | A

INVESTIGAÇÃO DA CGU

Em depoimento, Bolsonaro diz que não pediu para chefe da PRF fazer campanha em 2022

No dia do segundo turno, PRF bloqueou várias estradas na região Nordeste, em operações suspeitas, de acordo com a Polícia Federal (PF), sem que o comando da corporação tomasse qualquer providência

InfoMoney

Em depoimento, nesta terça-feira (5), à Controladoria-Geral da União (CGU), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tenha pedido para o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques fazer campanha a seu favor nas eleições de 2022.

Bolsonaro foi ouvido pela CGU, como testemunha, no âmbito de um processo sigiloso aberto pelo órgão que investiga a conduta de Silvinei durante as últimas eleições presidenciais. Na ocasião, Bolsonaro fo derrotado, no segundo turno, pelo hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No dia do segundo turno, a PRF bloqueou uma série de estradas na região Nordeste, em operações suspeitas, de acordo com a Polícia Federal (PF) – sem que o comando da corporação tomasse qualquer providência.

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As estradas só foram desbloqueadas depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) – que, à época, presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) –, ameaçar dar ordem de prisão aos envolvidos.

Em agosto deste ano, Silvinei foi indiciado pela PF. Além dele, também foram indiciados o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e quatro policiais federais cedidos ao Ministério da Justiça para atuar naquela eleição: Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira, Leo Garrido de Salles Meira e Marília Ferreira de Alencar.

Silvinei é investigado pela CGU por ter participado de eventos oficiais, concedido entrevistas e feito publicações nas redes sociais pedindo voto para o então presidente da República, que se candidatava à reeleição.

Em um curto depoimento, por videoconferência, Bolsonaro esteve acompanhado por dois advogados e foi questionado apenas pela defesa de Silvinei. Os membros da CGU responsáveis pelo processo administrativo não fizeram nenhuma pergunta ao ex-presidente.

Preso por quase 1 ano

Silvinei Vasques ficou preso durante quase 1 ano. Ele deixou a prisão em agosto, após decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Em sua decisão, Moraes determinou que Silvinei cumpra uma série de medidas cautelares, sob pena de retornar à prisão. Ele tem de usar tornozeleira eletrônica e teve suspenso o seu porte de armas.

 

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Além disso, seu passaporte foi cancelado, ele tem de se apresentar, semanalmente, à Justiça e não pode se comunicar com os demais investigados no inquérito.

A defesa de Silvinei argumentou que o ex-chefe da PRF não oferecia riscos ao andamento das investigações. Os advogados também alegavam que seu cliente enfrenta problemas de saúde.

O ex-chefe da PRF é suspeito de ter restringido, impedido ou dificultado o exercício de direitos políticos dos cidadãos. A pena prevista é de 3 a 6 anos de reclusão.

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