A época das eleições municipais é de extrema importância para a atual e a futura sociedade. Nela é possível analisar com precisão quem irá representar a população cuiabana por quatro anos e qual dos candidatos será capaz de trazer mais qualidade e infraestrutura para a cidade, principalmente para os bairros mais distantes.
Quer ficar bem informado em tempo real? Entre no nosso grupo e receba todas as noticias (ACESSE AQUI).
Durante muitos anos era comum ver candidatos a prefeito e vereadores comprarem votos, em troca de tijolo, cesta básica, bebidas alcoólicas e entre outras coisas. A sociedade aceitava, pois, não era consciente que depois não poderia cobrar algo do prefeito e do vereador, devido à corrupção realizada na campanha.
Ao longo dos anos, a nova geração trouxe a esperteza e a necessidade de estudar e saber sobre cada assunto com exatidão e, consequentemente, a compra e venda de voto passaram a ser menos normal e mais preocupante.Isso porque os novos estão alertando os antigos do quanto essa ação prejudica todo o futuro da cidade.
Segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número de abstenções no primeiro turno das eleições municipais de 2024 em Cuiabá foi de 102.186. Entre os eleitores que compareceram às urnas, 22.439 optaram por votos em branco ou nulos para prefeito, enquanto 22.116 fizeram o mesmo para vereador.
No total, 342.884 eleitores participaram da votação no domingo (6). Para a escolha do prefeito, foram registrados 320.445 votos válidos, dos quais 9.888 (2,88%) foram em branco e 12.551 (3,66%) nulos. Para a eleição de vereadores, o total de votos válidos foi de 316.454, com 12.066 (3,52%) em branco e 10.050 (2,93%) nulos.
Para a Justiça Eleitoral, os votos nulos são considerados inexistentes e não têm valor para qualquer finalidade. Isso ocorre quando o eleitor digita um número na urna que não corresponde a nenhum candidato ou partido. Por outro lado, o voto em branco é uma escolha consciente, em que o eleitor decide não selecionar nenhum candidato para aquele cargo e pressiona a tecla “Branco”.
Tanto os votos em branco quanto os nulos são desconsiderados durante a apuração dos resultados das eleições. Somente os votos válidos são contabilizados para determinar a porcentagem necessária para a eleição dos candidatos.
Em relação à eleição para vereador, o TSE informou que foram contabilizados 306.000 votos nominais (quando o eleitor digita o número de um candidato específico) e 10.454 votos para legenda (quando o eleitor apenas insere o número do partido, como 13 ou 22). Além disso, 4.314 votos válidos para vereador estão classificados como “Anulados Sub Judice”, o que significa que pertencem a candidatos cujas candidaturas foram indeferidas, mas que ainda têm recursos em andamento na Justiça.
Esses votos podem ser validados ou não, dependendo da decisão judicial. Um exemplo é o de Nicássio José Barbosa, conhecido como “Nicássio do Juca”, que teve seu registro de candidatura indeferido. Nas últimas eleições municipais de 2020 em Cuiabá, os principais candidatos a prefeito, foram Emanuel Pinheiro (MDB) e Abílio Brunini (PODE). O percentual de comparecimento às urnas foi de aproximadamente 77,99%, o que corresponde a 294.861 eleitores. Por outro lado, 22,01% dos eleitores, ou 83.236 pessoas, optaram por não votar.
Dentre aqueles que participaram, 8,83% anularam seu voto (16.169 eleitores) ou votaram em branco (9.881 eleitores), enquanto 91,17% (268.811 eleitores) escolheram um candidato. Assim, a soma dos eleitores que não votaram, anularam ou deixaram o voto em branco atingiu 28,90%.
Em Várzea Grande, os principais candidatos a prefeito, foram Kalil Baracat e Flávio Frical. Nessa cidade, foram registrados 6.335 votos em branco, 9.278 votos nulos e 34.392 abstenções. Kalil obteve 46,12% dos votos, totalizando 50.918, enquanto Flávio recebeu 40,01%, com 44.176 votos.
Durante nossa apuração de dados, falamos um pouco com alguns eleitores que comentam sobre a importância da participação na política.
Luciana, 80 anos, moradora de Cuiabá há muitos anos, explica que quanto mais o povo participar, melhor será no futuro.
"As pessoas precisam ter consciência de que a não participação prejudica no futuro dos nossos netos, filhos e para nós que vivemos aqui. É muito importante a nossa participação para garantirmos uma cidade cada vez melhor", comenta.
Por outro lado, o jovem Lucas, 17 anos, falou o quanto pode impactar a participação dos jovens na política." Esse ano, vi muitos jovens se candidatando e me senti representado, mesmo que os que acompanhei não entraram. Mas passei a ter a noção da importância do jovem na política e que se nós não lutarmos, não iremos garantir um futuro bom e uma cidade mais avançada", finaliza.
