A equipe da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), formada pelos parlamentares Dr. João (MDB), Paulo Araújo (PP), Lúdio Cabral (PT) e Sebastião Rezende (União), efetuou uma vistoria técnica no Hospital Central de Cuiabá. Segundo o deputado Lúdio Cabral, é responsabilidade do Legislativo fiscalizar o desenvolvimento de todas as iniciativas do Estado.
No ano de 2019, o governo passou a ser responsável pela gestão do hospital devido às dificuldades financeiras enfrentadas pela empresa anteriormente responsável. No entanto, cinco anos depois, o governo deseja transferir a administração para outra entidade.
Durante as conversas acerca da Santa Casa no ano anterior, o parlamentar relatou que membros do governo mencionaram o plano de encerrar determinados serviços no estabelecimento assim que o Hospital Central fosse inaugurado.
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Segundo a SES, o Hospital Central terá capacidade para oferecer 1.990 internações, 652 cirurgias, 3.000 consultas especializadas e 1.400 exames por mês. O projeto prevê 10 salas cirúrgicas, 60 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 230 leitos de enfermaria. Estão previstas as especialidades como cardiologia, neurologia, vascular, ortopedia, otorrinolaringologia, urologia, ginecologia, infectologia e cirurgia geral.
“Uma melhor articulação entre estado e prefeitura, Cuiabá sempre será referencia pela população do estado, o estado sempre irá precisar de Cuiabá, e Cuiabá sempre irá precisar do estado”.
Centro Oeste Popular — Depois de quase 35 anos, ser uma referência de atendimento em saúde pública, e o estado começa a virar a página dessa falta de condições até ter um sistema eficiente para atender a alta complexidade, como o senhor analisa essa situação?
Deputado Lúdio Cabral — Bom, essa é a expectativa nossa e o objetivo da visita que estamos fazendo, é uma obra que foi iniciada na década de 80 paralisada por décadas e retomada no início do primeiro mandato do atual governador, Mauro Mendes, mas, já são quase 6 anos desde o ano de 2022 existe uma expectativa de que a obra fosse, já concluída, entregue e nos últimos dois anos percebemos uma lentidão nesse processo, 88%, 92%, 94%, 95% e nada do hospital ser inaugurado, esse é o objetivo desse fazer uma visita, para saber que estado a obra está e qual o prazo definitivo para a conclusão das obras para aquisição e estruturação de todos os equipamentos de toda mobília, a contratação dos profissionais para atuar no hospital, de preferência por concurso público, para que o hospital possa iniciar as suas atividades e cumprir a tarefa de atender a população de Mato Grosso, na alta complexidade, sabemos que a uma demanda reprimida importante em todo o estado de Mato Grosso, no interior e na capital.
Centro Oeste Popular — Um fator importante é essa demora, pois, o primeiro prazo para entrega da obra era em 2024 e agora passou para 2025, como o senhor analisa essa situação, dá para aceitar esse prazo?
Deputado Lúdio Cabral — Então, o nosso dever é avaliar o estado em que a obra se encontra e em diálogo com a secretaria de estado de saúde, pensar que forma aceleramos esse processo para que ampliemos a oferta de leitos hospitalares à população de Cuiabá, há outro tema que tem relação com o tema do hospital central que é algo que já debatemos na comissão de saúde no ano passado e que pretendo retomar esse debate que é o tema do hospital estadual Santa Casa, o governo do estado em uma audiência que fizemos com o TRT no ano passado, falava da possibilidade de desativar serviços no hospital estadual Santa Casa para transferir para o hospital Central. Somos contrários a esse caminho, o hospital estadual Santa Casa precisa se tornar definitivamente um hospital público do estado, porque a defesa que nós fazemos é que o estado adquira um imóvel onde está a Santa Casa, para que tenha em definitivo um hospital estadual mesmo, não a requisição administrativa e o hospital Central com serviços novos para que dê conta dessa demanda reprimida que há em todo o estado de Mato Grosso.
Centro Oeste Popular — O senhor comentou o fato que a obra já teve uma lentidão, agora o governo afirma que já se encontra na parte de encerramento, tem algum fator que preocupa quanto a essa lentidão, o governo acabou passando informações para Assembleia até mesmo para comissão ou a comissão veio cobrar essas informações?
Deputado Lúdio Cabral — É uma iniciativa da própria comissão, porque o papel do parlamento é esse, de fiscalizar o andamento de todas as ações do estado e a visita nossa é para verificar em loco em que estado está e qual o prazo para conclusão em definitivo, isso num diálogo produtivo com a secretaria de saúde.
Centro Oeste Popular — Muito se fala sobre o HMC realiza cirurgia de alta complexidade, tanto que essa que é essa a reclamação do prefeito, acredita que assim que o hospital Central ficar pronto ia acabar com esses atendimentos de alta complexidade do HMC?
Deputado Lúdio Cabral — O que nós precisamos é olhar qual será o perfil existencial do hospital Central, que áreas ele irá abraçar, em minha opinião, pelo perfil do HMC, ele não assumiria tarefas que hoje são do HMC, assumiria tarefas na alta complexidade, por exemplo, em cardiologia, neurocirurgia, ortopedia, um diálogo que, inclusive, faremos com o secretário sobre o que está sendo debatido internamente na secretaria de estado de saúde pro perfil existencial do hospital Central, mas, ele não é um serviço para desafogar o HMC.
Centro Oeste Popular — O senhor já falando como pré-candidato, busca fazer essa ponte entre o município e o estado, caso seja eleito, para trabalharem de forma conjunta?
Deputado Lúdio Cabral — Hoje, estou na condição de deputado, de membro da comissão de saúde, cumprindo nosso dever constitucional, agora, é lógico que o processo eleitoral deste ano deverá contemplar esse debate, em minha opinião, a solução dos problemas da saúde em Cuiabá passam primeiro por acabar com briga política sem sentido entre os dois governantes, isso tem que acabar, segundo, é tecnicamente às duas secretarias precisam sentar com o apoio do Ministério da Saúde para repactuar responsabilidades para que o estado assuma tarefas na alta complexidade e o município fique em condições de melhorar a qualidade da tensão secundária a qualidade do trabalho paga e se realiza do hospital Pronto Socorro antigo da sua rede de unidade de pronto atendimento tem que abrir.