Max Russi, de 47 anos, é empresário e político, casado com Andreia Wagner e pai de quatro filhos. Natural de Salto do Lontra, no Paraná, iniciou sua trajetória no interior de Mato Grosso, trabalhando em um posto de combustível antes de se tornar empresário. Envolvido com o desenvolvimento social e econômico, foi eleito vereador de Jaciara aos 23 anos e, posteriormente, prefeito da cidade. Como deputado estadual, obteve grande crescimento eleitoral, superando em 300% seu número de votos.
Na Setasc, implantou o projeto Pró-Família, que tirou mais de 22 mil famílias da miséria, e contribuiu para a evolução do programa, que passou a ser denominado Ser Família, beneficiando 100 mil famílias em todos os municípios do estado. Sua atuação na política é marcada por um forte compromisso com as causas sociais e o progresso de sua região, levando-o a ser convidado pelo governador para assumir a Casa Civil, onde se tornou uma importante liderança no governo.
Além disso, foi presidente da CCJR, analisando a legalidade das propostas legislativas, e presidiu a CPI do MP Estadual, combatendo a corrupção. Ao final de seu primeiro mandato, consolidou-se como um político experiente e foi reeleito deputado estadual com a terceira maior votação do estado, assumindo a Primeira Secretaria da Assembléia Legislativa. Durante um ano, presidiu a Casa, destacando-se pela economia de recursos e pela gestão no combate à pandemia, criando 5 novos postos de vacinação, que imunizaram 594.611 pessoas. Também assumiu interinamente o Governo do Estado por um dia e sancionou a Lei Complementar nº 691, que criou a Delegacia Especializada de Roubo de Cargas em Mato Grosso.
Centro Oeste Popular — Deputado existe alguma possibilidade de mudança no corpo de secretarias aqui na Casa de Leis?
Max Russi — Estamos definindo ainda essas mudanças, não tem nada certo ainda. Haverá algumas mudanças sim, pois, será um presidente, secretario novos e praticamente a mesa toda renovou. Então é natural que haja algumas mudanças.
Centro Oeste Popular — Deputado há uma grande expectativa sobre como será a sua relação com o Palácio Paiaguás e com o governador de Mato Grosso. Muitas vezes, surgem comentários de que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso acaba de certa forma, apenas validando as propostas do governo, e algumas discussões ficam sem a devida atenção. O senhor pretende promover alguma mudança nesse cenário e também aprimorar o contato direto com a base do governo?
Max Russi — Não, a relação vai ser bastante tranquila. Vamos trabalhar o que for melhor para o estado. A Assembleia tem feito nesses últimos anos mudanças importantes e significativas em projetos que tem vindo desta Casa. Além disso, têm apresentado projetos e derrubando vetos. Enfim, tem feito o seu papel de forma independente, mas, sempre contribuindo com o desenvolvimento de Mato Grosso.
Centro Oeste Popular — Qual linha de trabalho pretende seguir? Acredita que o deputado Eduardo Botelho pode ser uma linha de inspiração para o senhor?
Max Russi — Pretendo seguir nessa linha, dando continuidade ao trabalho que o Botelho vem realizando, respeitando o regimento interno da Casa e sempre buscando colocar Mato Grosso e sua população em primeiro lugar.
Centro Oeste Popular — Deputado, um dos principais projetos que está relacionado às concessões de rodovias já está, inclusive, sob sua responsabilidade. Esse tema ainda carece de um debate mais aprofundado? Ou ainda há falta de informações por parte do governo?
Max Russi — Ainda não obtive o conhecimento, pois, o governo não encaminhou nenhum projeto à Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O conhecimento que temos, inclusive, hoje o secretário Marcelo está visitando a Casa e explicando aos deputados, mas, temos marcado na Bolsa de Valores o leilão dessas rodovias.
Centro Oeste Popular — Outro assunto recorrente é o fato de que o governo ainda não encaminhou o projeto relacionado à RGA. A Assembleia deverá cobrar essa questão, especialmente em relação ao percentual. Qual a sua expectativa sobre esse tema?
Max Russi — Esperamos que ele encaminhe logo. Até o dia 10 vai ter esse índice, porque parece que o deputado Botelho vai fazer outra sessão ainda esse ano, em virtude desse projeto. A última sessão que tivemos, foi para finalizar o trabalho legislativo de 2024, votarmos as contas do governo, que é onde se encerra o nosso trabalho. Então espero que chegue logo a proposta de RGA, Assembleia Legislativa e estaremos votando, aprovando e dando essa recomposição ao salário dos nossos servidores.
Centro Oeste Popular — Deputado há um prazo apertado, pois o RGA precisa ser incluído na folha de janeiro. Como o senhor vê essa situação e a possibilidade de o projeto ser aprovado a tempo?
Max Russi — Sinceramente, esperamos que sim. É um direito do nosso servidor, aconteceu isso nos anos anteriores e se precisar que a Assembleia convoque uma sessão extraordinária para que possa ser feita essa sessão, aprovar o RGA, todos os deputados estarão presentes, vão concordar e irão votar. Acredito que o governo está esperando, finalizar o índice no dia 10. Provavelmente o Botelho deverá convocar outra sessão no dia 10 ou na próxima semana.
Centro Oeste Popular- Há alguma possibilidade de entrar na disputa para o governo?
Max Russi- O meu nome não está colocado e não é o nome que as lideranças estão pedindo, não. Eu faço política sempre achando que a gente pode crescer e galgar novos cargos. Quem for político, estiver numa função e não pensar, por exemplo, um vereador não pensar em ser prefeito, um deputado não pensar em ser governador ou senador, tem que sair da política, porque daí ele não está fazendo a política que ele acredita que possa dar resultado. O meu foco é fazer um bom mandato como presidente. Eu vou assumir, era um sonho meu, era um desejo, era uma vontade e eu espero corresponder à expectativa enquanto presidente da Assembleia. Prestar um bom serviço, atender a todos, encaminhar os projetos, fazer com que a casa cresça em termos de aprovação popular, dando resultado à população de Mato Grosso. Esse é o momento que a gente tem que focar na gestão. Os prefeitos que estão assumindo focar nas suas gestões, a população está atenta, vai cobrar muito, quer resultado, precisa de resultado, e a Assembleia Legislativa caminha para os seus dois últimos anos de mandato dos seus parlamentares
