Maysa do Prado Leão Gomes, 44 anos, é nascida em Cuiabá, casada e mãe de dois filhos, um deles autista, a educadora digital é empresária há mais de 20 anos nos ramos da moda, estética e eventos.Fundadora de movimentos que trabalham em defesa e no apoio aos pacientes com câncer no Mato Grosso, de crianças autistas e famílias em situação de vulnerabilidade.
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Nas eleições 2020, levou 1.520 votos para a Câmara dos Vereadores de Cuiabá ficando como suplente. Assumiu o cargo por duas vezes: em 2021, quando substituiu por 61 dias um parlamentar afastado por problemas médicos ,e de forma definitiva em outubro de 2022.No mesmo ano, se filiou ao Republicanos para concorrer as eleições como deputada estadual. Teve 8.274 votos, mas não foi eleita.
Na câmara apresentou 52 projetos de lei, sendo 12 audiências publicas, 1 pedido de cassação do prefeito e a CPI do sinal vermelho, além de ser a responsável pela fiscalização dos medicamentos vencidos, que virou CPI e indicou envolvidos.
Centro Oeste Popular — Como analisa a sua primeira gestão na câmara dos vereadores e caso venha ganhar a reeleição o que mudaria nela?
Maysa Leão — Quando tive a oportunidade de assumir como suplente tinha apenas 60 dias para mostrar que poderia ser uma boa vereadora. Levei as minhas promessas de campanha, para aquele mandado, que acabou sendo conhecido como mandato tsunami, porque apresentei 12 projetos de lei, consegui aprovar 8, consegui fazer a fiscalização de medicamentos vencidos, que acabou sendo um dos pontos alto do meu mandato como suplente, e fizemos a CPI do sinal vermelho. Meu papel como vereadora foi de fiscalizar e foi muito bem feito, não tive tempo de fazer indicações para o executivo, com isso foquei em fiscalizar e conhecer mais as necessidades de Cuiabá. Após um ano, assumi definitivo o mandato, faltando apenas 2 anos de mandado, e a minha proposta foi fazer valer 4 anos em apenas em 2. Traçamos metas e objetivos para serem alcançados para ter um mandato produtivo. Pelo, um trabalho árduo, hoje, somos um mandato que mais trabalho dentro da casa de leis. Nossa gestão fez um bom trabalho e queremos continuar fazendo ainda mais por Cuiabá.
Centro Oeste Popular — O cenário político é dominado por homens, como enxerga sendo uma das duas vereadoras ativas dentro da câmara?
Maysa Leão — Vejo que a um erro ai, até mesmo da própria população, sendo que 52% da população são mulheres, então se tivesse um parlamento que parece mais que tivesse representatividade, seria 50% de homem e mulheres no cargo publico. Falar que mulher vota em mulher não quer dizer que somos contra os homens, é questão de representatividade. Porque existem pautas que são volta para mulheres, para comunidade lgbtqiapn+, para pessoas com autismos, idosos e entre outros, essas pessoas precisam ser representadas, porque fica em evidências as pautas de infraestruturas, pautas essas que os homens sentem mais conexão, e isso não entrega para a sociedade o que precisam. Precisam ser pautada sobre a violência contra mulher, educação e entre outros assuntos que não tem tanta força, por falta de representatividade.
Centro Oeste Popular — A janela partidária é muito importante para a campanha, chegou algum convite para integrar ao partido e te fez pensar em sair do Republicanos?
Maysa Leão — Fui para o Republicanos em 2022, a minha intenção sempre foi permanecer. Quando você veste a camisa do partido é importante que esteja alinha com as coisas que você acredita. Assim que cheguei ao partido, li toda a emenda do partido, e após ler me senti confortada e representada, por mais que não tenho padrinho político, é importante fazer parte de um grupo. Hoje, tenho um relacionamento com o partido, e nessa eleição nem cogitei de sair. Só sairia do Republicamos se não tivesse voz ou apenas sendo usada por conta da cota de 30%.
Centro Oeste Popular — Em um mundo tecnológico, como funcionará a campanha eleitoral esse ano?
Mayssa Leão — Esse ano por conta da legislação, vamos ver muitos eventos, porque não existe mais os showmício no formato de antigamente, agora pode volta fazer esses grandes eventos com músicas, sendo que os artistas não estejam recebendo. Como sou uma candidata que não tem muita verba, não irei fazer eventos enormes, mas irei fazer pelo menos dois eventos onde enaltece a cultura cuiabana, além de ir para as ruas entregando o meu currículo e ouvindo de cada cidadão as necessidades, para que possamos continuar trabalhando por eles.
Centro Oeste Popular — Uma gestão polemica que virou notícia nacional, como analisa a administração dos dois mandatos de Emanuel Pinheiro?
Maysa Leão — Vai ficar para história como a pior gestão. Emanuel teve 8 anos, e conseguiu fazer a pior gestão em dois mandatos. O primeiro mandato foi marcado por muitas promessas e não entregou na, o mercado porto está com obra inacabada, aquário está fechado, foram inúmeras promessas e nenhuma foi cumprida. São mais de 4 mil buracos em Cuiabá, uma capital que deveria ser espelho para as cidades do interior de Mato Grosso. Uma gestão que irá deixar uma dívida de quase 2 bilhões. É uma gestão que infelizmente não tem nada de produtivo e que ficará marcada como a pior gestão.
Centro Oeste Popular — O que Cuiabá precisa ser mudado com urgência no próximo ano?
Maysa Leão — Precisamos planta arvores! Mas não de forma aleatória, temos um plano diretor de arborização urbana, que é o Pedal, foi contratado pela gestão Emanuel Pinheiro, custaram 60 mil, foi um plano muito bem feito, porém, o prefeito nunca mandou para a câmara aprovar, está engavetado, esse plano precisa chegar à câmara para ser aprovado e para não perder esses 60 mil. Precisamos plantar quase 1 milhão de árvores, porque Cuiabá está ficando precária.
Centro Oeste Popular — Houve a possibilidade de ser vice-prefeita do deputado Eduardo Botelho nessa disputa ao Palácio, o que motivou a retirar o seu nome dessa disputa?
Maysa Leão — Fiquei lisonjeada com o convite, muitas pessoas se manifestaram a favor dessa possibilidade, mas, senti que era uma discussão partidária brigando por essa posição, queria muito compor um plano para Cuiabá, e infelizmente essa discussão ficou muito no ambo político. Quando descobri que não haveria tempo para discutir um plano para melhorar a cidade, senti que não faria parte do projeto, como não iria fazer parte do projeto, preferir ser uma vereadora. Não senti que teria uma voz ativa no plano de governo, não senti que teria esse tempo, então retirei meu nome.
Centro Oeste Popular — Já concorreu uma vez para deputada estadual e teve um bom resultado para primeira vez, irá tentar novamente ganhar uma cadeira no estadual?
Maysa Leão — É algo que irei analisar ainda, porque tenho pautas para ser implantadas em Cuiabá, se em dois anos já estiver conseguido implantar as nossos projetos, pode haver a possibilidade de tentar novamente como deputada, mas, isso só minha gestão como vereadora estiver bem alinhada, pois, não irei sai da câmara deixando pautas em abertas.
